João Lyra Neto, Tony Gel e Zé Queiroz se revezaram nesses últimos 32 anos na PMC |
Desde 1983, Caruaru teve apenas três pessoas ocupando o Palácio Jayme Nejaim: João Lyra Neto (PSB), Tony Gel (PMDB) e José Queiroz (PDT). Perde nesse quesito até para cidades menores, como Lajedo e Limoeiro (cada uma teve cinco prefeitos diferentes) e para Garanhuns (que teve seis nesse mesmo período).
Não se trata aqui de descredibilizar o trabalho de qualquer um destes três, mas apenas de uma reflexão. Cidades como Campina Grande, em 2004, e Petrolina, em 2008, renovaram seus quadros políticos. Mas vamos relembrar o que ocorreu de 1983 pra cá:
Em 1982, José Queiroz foi eleito prefeito, em uma disputa com Adolfo José, e se tornou o prefeito de de 1983 a 1989. Sua sucessão foi marcada pela primeira disputa entre João Lyra Neto, então no PMDB, e Tony Gel, então, no PTB, no ano de 1988. João Lyra Neto é de família tradicionais de políticos locais - filho do ex-prefeito João Lyra Filho - e Tony Gel, na época, era radialista na Rádio Liberdade de Caruaru.
João venceu e assumiu o mandato em 1989, ficando até o início de 1993. No final de 1992, José Queiroz foi novamente credenciado para retornar à Prefeitura, onde ficou de 1993 a 1997.
Em 1996, novamente em cena, João x Tony, e mais Adolfo José, candidato apoiado por Queiroz. João Lyra já era do PSB, e Tony Gel, do PFL, enquanto Adolfo já estava no PDT. Deu João Lyra Neto novamente, que governou a cidade de 1997 a 2001.
Em 2000, João Lyra Neto tinha direito à reeleição, mas abriu mão, se uniu com Queiroz - com quem tinha rompido em 1992 - e lançaram Jorge Gomes (PSB) para prefeito, mas ele perdeu para Tony Gel, que obteve sua primeira vitória.
Tony Gel assumiu em 2001, e foi reeleito em 2004, numa eleição marcada por polêmica. Tony Gel ganhou o direito de governar Caruaru por mais quatro anos. Não completou o mandato, pois renunciou em abril de 2008 para ser candidato a vereador: novamente José Queiroz em cena, eleito em 2008 e reeleito em 2012.
A pergunta agora é a seguinte: em 2016, como será? Finalmente algum candidato sem ligação com os três grupos conseguirá chegar? Ou prevalecerá a força política que os três obtém na cidade? Com a resposta, o eleitor de Caruaru.
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